A conferência decorre ao longo de dois dias, com sessões técnico-científicas e a apresentação de um Policy Brief com as principais conclusões sobre os temas abordados.
A Sessão 1 e a Sessão 3 incluirão, cada uma, duas conferências proferidas por oradores nacionais e internacionais. Estas palestras serão seguidas de uma mesa-redonda que envolveram a participação dos principais stakeholders. O debate incidirá nas novas oportunidades de investigação e nos desafios partilhados, que poderão conduzir ao desenvolvimento de políticas públicas e estratégias dos stakeholders.
A sessão 2 apresentará o formato de não-conferência com um painel de convidados que lançara os temas a trabalhar, seguido da formação de grupos de discussão heterogéneos incorporando, para além do painel de convidados e dos participantes na conferência, jovens de escolas secundárias (as gerações futuras), e finalizado por uma mesa-redonda de partilha e debate com o painel de convidados.
Em cada sessão serão abordados os conteúdos apresentadas em seguida.
SESSÃO 1 – Tecnologias Inovadoras na Construção
A indústria da construção encontra-se num processo de transformação profunda e acelerada, impulsionada por tecnologias inovadoras que estão a revolucionar a forma como os empreendimentos são concebidos, construídos e geridos.
O recurso à construção modular e à pré-fabricação está a permitir a simplificação de processos, a mitigação de erros, a redução de desperdício de materiais e a otimização dos prazos de execução. Paralelamente, a adoção de soluções mais sustentáveis e resilientes está a abrir caminho para cidades mais verdes e seguras.
O Building Information Modelling (BIM) e os gémeos digitais têm vindo a melhorar a visualização e a colaboração nos projetos, enquanto a IoT e a análise de dados em tempo real potenciam uma gestão mais eficiente de recursos e custos. Adicionalmente, a impressão 3D, a automação robótica, a gestão de projetos baseada em inteligência artificial e os materiais inteligentes estão a impulsionar a inovação no setor da construção.
Estas soluções tecnológicas não são apenas tendências. Na realidade, estão a moldar o futuro da construção, a redefinir normas e regulamentos e a abrir novas possibilidades. Num setor cada vez mais orientado para a digitalização e a eficiência, a adoção estratégica destas inovações torna-se essencial para assegurar a competitividade e a sustentabilidade num mercado em permanente evolução.
O futuro da construção já chegou – estaremos preparados para fazer parte dele?
O presente tema visa dar resposta a algumas questões desafiantes e altamente relevantes, nomeadamente:
SESSÃO 2 – Cidades inteligentes: Living 4 tomorrow
A visão das cidades inteligentes do futuro remete para espaços altamente conectados, sustentáveis e centrados no bem-estar dos cidadãos. Nesta visão, a integração de redes de sensores, inteligência artificial e big data permitirá uma gestão otimizada dos transportes, da energia e dos serviços públicos, reduzindo desperdícios e melhorando a qualidade de vida. Infraestruturas verdes e soluções de mobilidade partilhada e autónoma reduziram a poluição e o congestionamento viário. As pessoas poderão viver mais anos e as ecologias urbanas acolherão a diferença e a diversidade de formas de vida e de identidades sociais e culturais. A participação cívica será reforçada através de plataformas digitais. A governação será mais transparente e adaptável às necessidades da população.
Perspetiva-se que os living spaces do futuro serão mais flexíveis, inteligentes e sustentáveis, adaptando-se dinamicamente às necessidades dos seus ocupantes. A modularidade permitirá reconfigurar os espaços consoante a função desejada, enquanto a automação e a inteligência artificial otimizarão o conforto, a eficiência energética e a personalização. Materiais sustentáveis e soluções de energia renovável integrar-se-ão de forma invisível na arquitetura, reduzindo a pegada ecológica. A interação entre o espaço físico e o digital será cada vez mais fluida, criando ambientes híbridos que potenciam tanto a convivência como o trabalho remoto, sem comprometer o bem-estar.
Mas será esta visão do futuro realista ou apenas uma utopia? Como vamos efetivamente viver nas cidades do futuro? Se é certo que a inovação tecnológica tem potencial para tornar os ambientes construídos mais inteligentes, sustentáveis e adaptáveis às necessidades das pessoas, também coloca desafios e inquietações.
O presente tema visa dar resposta a algumas questões desafiantes e altamente relevantes, nomeadamente:
SESSÃO 3 – Edifícios Sustentáveis e Economia Circular
Mitigar as alterações climáticas, os eventos extremos, a poluição do ar, a deposição de resíduos e o consumo excessivo de recursos naturais é essencial para preservar o bem-estar e até a própria vida. A sustentabilidade é, por isso, um pilar fundamental da sociedade atual, garantindo o equilíbrio do planeta.
A construção, utilização e demolição de edifícios geram impactos ambientais significativos, desde a extração de recursos naturais à queima de combustíveis fósseis. Reduzir esses impactos é crucial para alcançar um mundo sustentável.
A economia circular surge como uma ferramenta indispensável, permitindo reduzir o consumo de recursos naturais e evitar a acumulação de resíduos.
Avançar para edifícios sustentáveis e concretizar uma economia circular na construção, mantendo (ou até melhorando) os níveis de adequação, conforto e saúde nos edifícios, exige a consideração de múltiplos aspetos. Para além de os identificar, é essencial desenvolver soluções que deem respostas eficazes aos diferentes desafios, que muitas vezes entram em conflito. Esse objetivo requer uma visão integrada de muitos setores da sociedade e exige ainda estudo, investigação e inovação.
O presente tema visa dar resposta a algumas questões desafiantes e altamente relevantes, nomeadamente: